Os estudos são uma etapa fundamental da vida e da constituição do ser humano. Essa prática de aprendizado vai muito além de adquirir conhecimento e utilizar as habilidades cognitivas, como ler, escrever, memorizar e aprender. A escola, é também o local em que aprendemos a socializar, entramos em contato com um mundo novo ao que eles estavam acostumados a ter, e nele, desenvolvemos também a capacidade de gerenciar a nossa vida. Mas, diante de todo esse universo de possibilidades e descobertas, porque é cada vez mais comum observar a desmotivação nos estudos?
Quando uma criança entra na escola, ela carrega consigo sua família, seu mundo interno e também muitas preocupações – próprias e de seus pais. Tudo isso é feito de maneira inconsciente. Uma criança ainda não sabe, mas ela está sendo fiel ao seu sistema familiar, por meio de um amor cego, que ela não pode controlar. E assim, acaba refletindo toda essa fidelidade ao seu sistema, no seu ambiente escolar.
Para um aprendizado completo o aluno precisa estar feliz e confortável com seu grupo, podendo assim, ter a tranquilidade necessária para se dedicar aos seus estudos. Quando isso não ocorre e ele está vivenciando momentos de dor, rejeição, brigas – como por exemplo, desentendimento entre seus pais – ou ainda, sente-se pressionado para se destacar perante os colegas na escola, é comum que o baixo desempenho encontre um terreno fértil para se instalar e desequilibrar aquela criança.
É sobre esse tema tão delicado que iremos abordar neste artigo. Mas, antes de continuarmos, gostaria de convidar você a conhecer nosso e-Book sobre Educação Sistêmica. Descubra como o olhar da Constelação Familiar pode transformar o ensino e ajudar alunos que estejam vivenciando dificuldades. Este material é 100% gratuito. Faça download agora mesmo!
Agora, vamos juntos descobrir quais são as principais razões que levam a desmotivação nos estudos e como a visão sistêmica pode ajudar? Boa leitura!
Desmotivação nos estudos: um problema sério que afeta boa parte das crianças no mundo
A desmotivação nos estudos é uma dor mais comum do que se pensa. Em todas as etapas do desenvolvimento e educação, é impossível não se deparar com algumas crianças que apresentam essa dificuldade.
Elas sofrem, os pais sofrem e pressionam, fazendo tudo virar um ciclo infinito, onde o aluno vai piorando em seus estudos e entra em uma situação muito difícil. Os professores passam a enxergar casos em que a realização de pequenas tarefas ou mesmo tarefas que são simples, passam a ser um fardo para o aluno. Brigas entre os colegas ou com os professores começam a surgir. Por outro lado, os pais começam a perceber que os filhos não fazem as atividades da escola, não cuidam de seus materiais de estudo, distraem-se com facilidade, arrumam brigas, entram em discussão sem motivos e então, as notas baixas começam a chegar.

Foto de Gustavo Fring no Pexels
Porém, além do baixo desempenho, outros sintomas são notados nessas crianças. Brigas constantes com colegas, desrespeito aos professores, agressões físicas e verbais se tornam rotina e tanto pais, quanto os professores, não conseguem compreender o porquê isso está ocorrendo.
Como já abordamos brevemente na introdução, o aprendizado e foco nos estudos só é possível quando a criança está livre – tanto emocionalmente, quanto espiritualmente. A espontaneidade só aparece quando essa criança está alegre, feliz e leve, onde ela pode se entregar com tranquilidade e segurança às novas conexões, aprendizado e novas relações.
Mas afinal, o que está por trás do baixo desempenho dos alunos
Bom, se para a criança desenvolver-se nos estudos e nos relacionamentos na escola, ela precisa estar liberta, o que pode ser feito?
A criança é um grande espelho. Ela está na fase mais delicada da existência humana, o seu desenvolvimento. Isso faz com que ela seja extremamente sensível às lealdades invisíveis desse sistema e acaba reproduzindo a relação que têm com seus pais – sejam eles como casal ou cada um individualmente.
Quando essa relação está dolorosa e difícil, isso faz com que a criança tenha uma tendência a reproduzir um desejo de morrer. Mas, como assim, uma criança deseja morrer? Esse movimento é inconsciente e não literal. Porém, a criança reflete o adoecimento dos próprios pais ao perceber neles qualquer sinal de desânimo, falta de interesse na vida, medos, incertezas com o futuro, entre outros.

Foto de RODNAE Productions no Pexels
Crianças são extremamente sensíveis às falas dos adultos e, quando um dos pais solta aquela frase que parece tão simples como “ai que vontade de sumir”, ela pega essa verdade para si e começa a manifestar em dores, como por exemplo a desmotivação nos estudos. Afinal, o coração dessas crianças está ligado aos pais e seu sistema familiar de origem.
Quando recebemos esses casos clínicos no consultório, com a queixa de dificuldade no aprendizado e estudo, observa-se que grande parte foi ocasionada por esses movimentos familiares e relacionados aos pais. Obviamente também podem ocorrer casos em que a causa está ligada a crianças com alguma deficiência – física e cognitiva.
Toda criança pode ter um potencial intelectual gigantesco, como um diamante bruto esperando ser lapidado. Mas, se ela perceber essas dificuldades nos pais, ela vai estar presa no amor inconsciente e vai se sacrificar por eles. Ela vai reproduzir nas relações externas aquilo que está aprendendo com as suas relações primárias paternas. Entenda mais sobre esse tema a seguir:
Relacionamentos primários básicos da nossa vida
Nosso primeiro relacionamento é com a nossa mãe. Nosso primeiro grande êxito é o nosso nascimento, a vida, e isso vem por meio dela. O segundo é com nosso pai, que é apresentado nessa relação por nossa mãe e por isso, é preciso que essa apresentação seja feita com amor e construída de maneira saudável.
Se um dos dois – pai ou mãe – desqualifica ou diminui o outro, essa criança vai reproduzir esse comportamento nos ambientes externos a essa relação. Quando nos deparamos com uma criança desmotivada, sofrendo e com dificuldades, é preciso lançar o olhar com muito carinho e cuidado para as relações sistêmicas familiares que ela possui. Entenda mais a seguir:
Nossa mãe: o nosso primeiro contato na vida
Como dissemos, nossa mãe nos dá a maior dádiva e presente de toda nossa existência: o nascimento e a vida! É através dela que estabelecemos nosso contato com o externo, sendo apresentado por ela durante nosso desenvolvimento.

Imagem de Iuliia Bondarenko por Pixabay
O afeto e amor começam a se desenvolver a partir dessa relação primária e natural. Desde a procura pelo seio, no movimento instintivo, até a procura por afeto e carinho. A figura da mãe vem com o sentido de proteção, amor, cuidado e como vamos ser apresentados ao mundo, especialmente ao pai.
Nosso pai: o primeiro contato com o masculino
A figura do pai vem como um segundo momento no desenvolvimento psicoemocional da criança. Ele representa o desconhecido, a coragem e o caminho que devemos tomar no mundo. Como já dizia Hellinger:
“Somente na mão do pai a criança ganha um caminho para o mundo. As mães não podem fazê-lo. O amor dele não é cuidadoso nesta forma como é o amor da mãe. O Pai representa o espírito. Por isso o olhar do pai vai para a amplitude. Enquanto a mãe se move dentro de uma área limitada, o pai nos leva para além desses limites para uma amplitude diferente.”

Imagem de Olya Adamovich por Pixabay
Sendo assim, apesar de possuírem a mesma responsabilidade e igualdade na relação com o filho, pai e mãe tem suas missões distintas para o desenvolvimento da criança. Ela precisa da sensação de proteção e segurança da mãe para se constituir, porém, precisa da coragem e liberdade que vem do pai para galgar seu próprio caminho.
Logo, quando falamos que a criança precisa estar liberta, é de todas as frustrações, problemas de relacionamento e projeções dos pais para com seu futuro, onde seus desejos e sonhos são forçados nesse ser em formação. A criança só aprende e tem êxito nos estudos e na vida adulta, quando possui essa liberdade e alegria para ser quem é.
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Desmotivação nos estudos: como a Educação Sistêmica pode ajudar
A Educação Sistêmica é uma abordagem que propõe olhar para muito além do aluno na sala de aula. Ela traz a proposta da inclusão e aceitação do aluno em sua totalidade, compreendendo tudo que o constitui como ser e entendendo o quanto isso afeta seus estudos e aprendizagem.

Foto de Julia M Cameron no Pexels
Além disso, ela permite compreender como as 3 ordens do relacionamento – ordem, pertencimento e equilíbrio – atuam na vida dessa criança e afetam seu relacionamento com a vida fora do sistema familiar. Essa visão permite que tanto os profissionais de pedagogia, profissionais que atuam com o ensino nas mais diversas áreas, até mesmo os próprios pais, se abram para a totalidade de ensinar e possam realmente ajudar esses alunos que sofrem com a desmotivação nos estudos.
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Foi possível compreender por que a desmotivação nos estudos ocorre e como a Educação Sistêmica pode ser a melhor ferramenta para transformar essa realidade?
Nós, do Instituto Ipê Roxo, possuímos uma vasta experiência em Constelação Familiar e suas aplicabilidades – especialmente na área da educação. Em nosso dia a dia, somos também profissionais que atuam com ensino e observam a aprendizagem. Além disso, nossos psicólogos e professores também atendem pais que vêm em busca de soluções para as dificuldades de seus filhos neste processo de aprendizagem em que muitas dessas crianças têm esse fator em comum: a desmotivação nos estudos.
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