O Instituto Ipê Roxo oferece o curso de Direito Sistêmico “A prática da Constelação Sistêmica no Direito” coordenado pelo professor Paulo Pimont.
Nossos alunos são profissionais como juízes, advogados, promotores, assistentes sociais, psicólogos, servidores públicos, entre outros, que buscam no conhecimento sistêmico de Hellinger uma ferramenta eficiente para o trabalho nos campos do Direito e do Judiciário.
Neste post, você vai conhecer alguns depoimentos de profissionais que se transformaram ao entrar em contato com este conhecimento e esta postura em seus campos de trabalho.
“É possível que eu olhe com amor para mim também.”
Marise Isotton Medeiros, Advogada.
“Eu cheguei ao Ipê Roxo com dúvidas e expectativas em relação à aplicação das Constelações Sistêmicas no Direito. Sou advogada especialista em Direito de Família e Sucessão, Pós-Graduada em Direito e Políticas Públicas, além de trabalhar com o Direito Civil e Empresarial em geral, e havia dado início à Formação em Constelação Familiar antes de iniciar o curso de Direito Sistêmico. Por mais que já estivesse inserida e familiarizada com o assunto ainda tinha dificuldades em visualizar sua aplicação à algo que aprendemos por 5 anos na faculdade e passamos toda uma vida profissional aplicando: DEFENDER ou ACUSAR. Sem “mas”, sem “dependes”, sem justificativas.
Sem dúvida o posicionamento dos profissionais que tanto nos ensinaram foi decisivo para que eu concluísse o curso tendo certeza de que o caminho para o mais é possível, na medida em que quando eu entendo que o meu cliente dá conta da vida dele e de tudo o que ele carrega não tiro a sua dignidade ao não deixá-lo resolver e olhar para os seus problemas, posso sim auxiliar de forma respeitosa e amorosa para que JUNTOS, e muito mais ele do que eu, encontremos um caminho que lhe trará leveza. Solução é uma palavra pouco utilizada.
Foi possível, e LINDO, enxergar que o culpado nem sempre é tão culpado assim, e que eu posso, como pessoa e profissional, direcionar um olhar de amor para todos: para o meu Cliente, para a parte contrária (principalmente), para o Servidor, para o Juiz, Promotor e Assessores, pois eu cheguei depois, eu não sei da história, tampouco dos emaranhados, que levaram cada uma dessas pessoas até ali.
Além do olhar para o outro foi uma oportunidade única de, em primeiro lugar, olhar para mim, para o meu próprio sistema e tudo o que me conduziu até aqui, honrando e agradecendo com muito amor e respeito os que me antecedem, permitindo libertar o quanto possível, e sempre mais, do julgamento. É possível que eu olhe com amor para mim também.
Através das dinâmicas e movimentos realizados pude compreender e visualizar, literalmente, que os processos ou problemas que batem à nossa porta, seja como Escritório ou como Judiciário, são um pedido de ‘socorro’ por algo que está muito ou pouco escondido na história de cada um, e isso é grandioso demais para que uma Lei fria seja aplicada quase que de forma matemática, principalmente com o julgamento inerente à quando eu escolho a quem me aliar. À partir do momento em que me alio ao problema alheio ele se torna meu, e então eu perco a capacidade de agir de forma coerente e respeitosa.
A gratidão que eu expresso agora não é palavra de moda, é um sentimento do fundo do coração: GRATIDÃO pela oportunidade de vivenciar e aprender lições tão profundas com o Ipê Roxo e com Colegas que dividiram os sábados e domingos conosco. Eu tive a sorte de ter meu esposo, também advogado, ao meu lado, e uma rede de apoio maravilhosa que nos permitiu compartilhar o aqui e agora com pessoas de tanta luz e amor.
À quem me pergunta “o que é o Direito Sistêmico” eu respondo o que aprendi: Não “existe” o Direito Sistêmico, o que existe é a postura sistêmica do profissional do Direito, e isso faz toda a diferença, pois o Cliente, o Jurisdicionado, não encontrará um aliado à sua dor, ao seu problema, mas alguém que, com todos os defeitos inerentes ao ser humano, procurará caminhar lado à lado com ele, respeitando sua história e olhando com amor para tudo o que vem.
E sim, é possível não ter de escolher entre um dos lados.”
“O curso viabilizou uma verdadeira mudança de paradigma.”
Renata Albuquerque Palcoski, Juíza
“O curso, inicialmente intitulado de Direito Sistêmico, realizado pelo Instituto Ipê Roxo, sob a coordenação do respeitável psicólogo e constelador Paulo Pimont e apoio das ilibadas profissionais do Direito, Juliana Fogaçça e Karina Muller Queiroz de Souza, trouxe a possibilidade de um novo olhar para o Direito.
Como juíza do Trabalho no TRT14 (Rondônia e Acre), constato o que tantos colegas do âmbito jurídico já constataram, que as decisões judiciais muitas vezes apenas colocam fim ao processo, o qual nasce e morre no judiciário, porém, raríssimas vezes atingem o verdadeiro desiderato de pacificar socialmente a ação, isso porque, o mero encerramento processual não tem o condão de sanar e solucionar a lide sociológica que permanece assombrando as partes, tanto que, em muitos casos, aqueles mesmos atores voltam a contracenar no palco do judiciário em novas demandas com roupagens distintas, porém como o mesmo problema como pano de fundo.
Tal situação apenas abarrota o poder de Judiciário de ações, gera o descrédito nos jurisdicionados, esbarra em longas lides que não encontram solução nas leis e desemboca num sentimento de frustração que acaba sendo reverberado em todos, deste as partes, advogados, servidores e juízes.
No meio desta ferida, até então alimentada por crenças equivocadas, o curso de Direito Sistêmico apareceu como um bálsamo que permitiu enxergar um dos caminhos de cura para estes conflitos, pois a visão sistêmica do Direito devolve às próprias partes a sua responsabilidade quanto às suas escolhas, empoderando as partes no percurso das soluções, que muitas vezes estão discutindo questões emaranhadas em suas histórias e que podem ser olhadas com respeito, a fim de restabelecer naqueles sistemas o pertencimento, a ordem e o equilíbrio, com isso, a verdadeira causa pode ser muito mais profunda que o que se apresenta como contenda judicial, mas também pode ter a chance de ser resolvida.
Por conseguinte,o curso viabilizou uma verdadeira mudança de paradigma, já que dentre tantos recursos jurídicos inerentes às práticas processuais, foi possível ter este diapasão sistêmico que possibilita que autor e réu olhem para si, para suas causas e depois se olhem um ao outro, retirando a pesada carga imposta ao juízo de resolver suas questões, chamando para si a responsabilidade quanto a esse caminho de pacificação o qual já encontra boa parte do seu trajeto trilhado com êxito a partir do momento em que viabiliza o reconhecimento do que os leva até ali.
Acredito, ainda, que esse novo olhar aplicado no Direito não precisa, necessariamente, dar-se por meio de constelação sistêmica processo por processo, mas pode ser concretizado por meio de uma visão sistêmica do que compõe o processo. Trata-se de um exercício de ver as sutilezas existentes nas lides, como por exemplo, ocorreu num caso na Justiça do Trabalho no decorrer deste ano de 2018, quando o MPT 14ª ajuizou uma Ação Civil Pública em face de uma empresa em razão do descumprimento reiterado de normas referentes à saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Na exordial o promotor transpareceu o descontentamento quanto às tentativas de sentar com a empresa para negociação que sempre restava frustrada, terminando por ajuizar a ação requerendo a aplicação de multas por tutela de evidência com base em infrações administrativas que embasavam a ação.
Por meio de decisão prévia à audiência inaugural, o juízo suspendeu a análise quanto aos pedidos de multa para momento posterior à audiência de conciliação, haja vista ter detectado que a lide poderia ser resolvida entre as próprias partes, e que uma eventual condenação liminar de multa, ainda que com todos os elementos judiciais apontando para seu deferimento por cognição sumária, tão somente afastaria o réu de um diálogo franco para a solução do conflito, pois já chegaria punido.
Assim, a audiência fluiu com as próprias partes apontado seus argumentos e, sem que fosse necessário o Judiciário utilizar seu poder geral de cautela, eles compuseram um acordo que teve como norte um ambiente laboral sadio para os trabalhadores e respeitando as condições financeiras daquele que outrora era visto tão somente como ofensor, noutras palavras, permitiu-se que cada parte encontrasse naquela relação jurídica o seu pertencimento, sua ordem e seu equilíbrio, de modo que certamente será um caso de efetivo arquivamento judicial pela pacificação social. Eis aí um exemplo de visão sistêmica do processo.
Sabendo que ainda tenho um enorme caminho a percorrer e muitas coisas para aprender, sou imensamente grata por ter tido a honra de participar deste curso reformador de paradigma. Gratidão.
“Desgaste e peso não fazem mais parte da rotina.”
Bernardo Braz de Oliveira, Advogado
Por 10 anos estive em contato direto com o Direito Tradicional, famoso litigador, contencioso e jurisdicionado.
Em busca dos anseios dos clientes sempre procurei atender suas demandas e pretensões, nos moldes em que melhor compreendiam a situação. E assim tal conduta levava ao esgotamento e a enorme sensação de peso nas costas. O que consumia física e psicologicamente o profissional, o pai e o marido.
Ser apresentado as Constelações Familiares, trouxe um enorme movimento de necessidade na busca pelo essencial.
Desta forma o Direito Sistêmico oportunizou abrir os olhos para o novo, para o leve, para uma nova forma de enxergar as coisas.
A base de tudo que deve ser plenamente reverenciado é o Direito Tradicional, que tem as devidas ferramentas, que estavam ocultas por trás de velhos vícios e modos automatizados de se posicionar perante as situações.
Ver o novo, é perceber o essencial, é ver as coisas de um modo mais humanizado, deixando a fria letra da lei de lado para que assim de fato a “mens legis”, seja atendida.
Perceber com o devido posicionamento profissional é possível atender as demandas demonstrando que as dores e sentimentos que envolvem o processo são as melhores respostas para a devida resolução do conflito.
Demonstrar esta visão com muito respeito, responsabilidade e ética é a chave para o profissional fazer as partes compreender suas verdades, suas origens e deste modo apresentar meios alternativos para a resolução do processo.
Com o devido posicionamento e servindo como instrumento facilitador para apresentar essas formas de resolução, existe a sensação plena de realmente estar servindo o verdadeiro interesse do cliente, trazendo uma solução que compreenda e que demonstre uma resposta por vezes muito mais satisfatória do que uma sentença.
Eu percebi o meu devido lugar, e com isto consigo exercer novamente minha profissão de forma muito mais leve, refletindo assim no pai, marido e no cidadão, que agora busca perceber a particularidade de cada um e desta forma respeitar as origens e as bases de cada um.
Aquele desgaste e o enorme peso, além da busca incessante da resolução dos litígios somente por meio de sentenças judiciais, não mais fazem parte da rotina, que agora busca por respeitosamente demonstrar o que melhor vai atender os anseios de cada um.
Agora, o essencial é o necessário, e isto é o suficiente, e que atende a pretensão dos clientes, que se tornam satisfeitos pela possibilidade de flexibilizar a resolução do conflito e trazendo isto de modo mais próximo de suas aspirações.
“A prática da Constelação Sistêmica no Direito.”
Este conteúdo (textos, imagens e artes gráficas – exceto trechos de livros, citações de outros autores, e imagens de banco de imagens, quando houver) é exclusivo e produzido pelo Ipê Roxo – Instituto de Desenvolvimento Humano. Sua reprodução é permitida se acompanhada com o devido crédito: material de propriedade do Instituto Ipê Roxo – disponível em www.institutoiperoxo.com.br | Curadoria de conteúdo realizada por Ana Cht Garlet, professora do Instituto.
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