Muitas pessoas se perguntam “Constelei, o que faço agora?”. Para dirimir esta dúvida e para ampliar o esclarecimento sobre esse momento pós Constelação Familiar, preparamos este artigo. Acomapanhe!
Uma visão do período pós-constelação e o depoimento de uma cliente do Instituto Ipê Roxo.
A Psicóloga e Consteladora Sônia Farias, que faz parte do núcleo de Consteladores do Ipê Roxo, escreve sobre qual seria a boa postura para cultivar depois que realizamos uma constelação.
É comum em nossa cabeça incentivarmos a curiosidade e querermos saber mais, além do que se mostra no momento da constelação. É preciso confiar no campo familiar e saber que o que for necessário para iniciarmos as mudanças, será mostrado no momento do atendimento.
Dar espaço para que esse trabalho interno ocorra é o verdadeiro caminho de cura proporcionado por esse método terapêutico, criado pelo alemão Bert Hellinger.
Antes de prosseguirmos, gostaria de lhe recomendar uma leitura. O Instituto Ipê Roxo desenvolveu o eBook de Constelações Familiares – Um guia sobre os ensinamentos de Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar. Acesse e confira!
Constelei, o que faço agora? – Por Sonia Farias
Constelei, e agora? O que eu faço? Por onde eu começo?
Calma. Respire. Confie. Aguarde. Encontre seu próprio caminho em dignidade.
A reconciliação é o grande alvo de uma constelação familiar. Todo trabalho tem este empenho: A RECONCILIAÇÃO!
A família pede a reconciliação em nome de uma lei que pode ter sido transgredida e influência cada membro: a lei da igualdade e amor a todos. O Clã não suporta que alguém seja excluído ou esquecido.
A injustiça da exclusão será espiada no grupo familiar, a partir de problemas graves do desrespeito à essa igualdade. O olhar reparador de tal injustiça é de quem ama, e ama até as últimas conseqüências! Em nome da lei básica do pertencimento, o assassino, a vítima, o suicida, o homicida, não importa, uma vez reconhecidos e acolhidos, a paz volta a reinar e as pessoas enredados ficam livres.
Como diz Bert Hellinger no seu livro “Amor à segunda vista”, pg 97, … a consciência inconsciente coletiva fica, por assim dizer, saciada e a pessoa que teve que imitar alguém excluído é libertada do emaranhamento do seu destino.”
Acaba aqui, o respeito exige isso. Nada mais cabe ir além disso. A curiosidade em querer mais, torna-se uma desconsideração para com o tema constelado.
Após a constelação, qualquer pergunta enfraquecerá o que foi visto. A orientação é não perguntar nada a respeito. O melhor é retirar-se do campo em reverência, confiando nas forças advindas da família, permanecendo em sintonia com o destino de todos. Curiosidades só provocam efeitos maléficos, tanto ao constelador como à família. Energia e êxito virão se deixarmos a pessoa voltar para casa, sentir-se em família ligada a todas as forças que nela atuam. Ficamos todos em paz e totalmente desimpedidos.
A pessoa que ajuda (o constelador), quanto mais rápido se retirar, tanto melhor será, pois ao sair de cena, algo se coloca em movimento.
É necessário confiar que a família com cada membro em seu lugar, encontrará a dignidade de seguir entendendo e atendendo cada problema que vier a surgir.
Reconciliado e em paz, a alma da família constelada encontrará o seu caminho, conservando assim a sua própria dignidade.
Constelei, o que faço agora? Veja o depoimento de uma cliente do Instituto Ipê Roxo
Leia abaixo o depoimento de uma cliente que constelou no Ipê Roxo – Instituto de Desenvolvimento Humano em 2015:
“Em Julho de 2015 procurei o Ipê Roxo, junto de minha sobrinha, irmã e cunhado para realizar uma constelação familiar. Na época havia apenas ouvido falar sobre o método. Minha sobrinha que foi constelar, eu fui apenas convidada por eles para estar junto. Ela havia tentado o suicídio, e a tentativa tinha sido acredito que uma forma para dar fim as inúmeras mentiras que ela criou e sustentou por anos.
Confesso que sai da constelação de certa forma desacreditada, pois no momento, a constelação não fez o menor sentido. Passei duas noites em claro, me culpando, por tê-los levado a procurar um método terapêutico para lhes ajudar, que em minha visão naquele momento em nada ajudou e só piorou uma situação que já estava complicada.
Deixamos o tempo passar, e sequer voltamos ao assunto da constelação…
No entanto, em média de 6 a 8 meses após a constelação naturalmente as coisas foram acontecendo, então comecei a perceber que a constelação que na época me fez questionar sobre o método, começou a fazer sentido, mais que isso, ela se confirmou, fazendo com que depois de 25 anos meu cunhado encontrasse seu filho. O menino – hoje um homem – é fruto de um relacionamento na adolescência – na época meu cunhado soube que a ex-namorada havia tido um filho mas nunca teve a certeza que o filho era dele pois ela casou com outra pessoa e mudou de cidade, então durante todos estes anos ele nunca soube dela. A constelação também fez vir a tona segredos de família guardados há pelo menos 50 anos.
O que mais me chama a atenção é que o facilitador não sabe da história, apenas fatos importantes que são relatados sem maiores detalhes. Percebi que a compreensão nos será dada no momento exato, nem antes nem depois, apenas quando estivermos preparados para entender o que a vida tem a nos ensinar e que a luz que a constelação nos trás é aquela que precisa vir, embora na hora da constelação, possa parecer não fazer algum sentido
Passado o tempo, voltei nesta semana, desta vez acompanhando minha filha para que ela pudesse constelar, recomendo o método, e a equipe, e com certeza voltarei outras vezes (se preciso for).”
L. S. R. (Reproduzimos somente as iniciais do nome para preservar a privacidade da cliente.)
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